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quarta-feira, 18 de junho de 2025

Polícias paulistas em tensão


Mudanças operadas pelo Governo de São Paulo, sob a gestão de Guilherme Derrite na Secretaria de Segurança Pública, nas atribuições da polícia militar colocam a corporação em reiteradas tensões com a polícia civil. Reportagem da Ponte Jornalismo denuncia episódio recente desse conflito, entre outros que estão se tornando rotina, e explica melhor os fatos. A matéria traz manifesto de repúdio da Associação de Delegados de Polícia do Estado de São Paulo com relação aos fatos. Nossa Comissão observa com preocupação a situação. 

Vale a leitura!


PM de Tarcísio tem nova colizão com Polícia Civil ao cumprir mandato judicial sem avisá-la

 Sob comando de Derrite, Polícia Militar tem assumido atribuição da Polícia Civil de fazer investigações policiais. Para Delegados, violação 'alimenta rivalidades' e enfraquece a segurança pública.


Paulo Batistella - Ponte Jornalismo - 03.06.2025

A Polícia Militar do Estado de São Paulo (PM-SP) voltou a entrar em rota de colisão com a Polícia Civil no governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao ter cumprido em Bauru, no interior paulista, no último dia 20 de maio, mandados de busca e apreensão domiciliar que obteve diretamente com a Justiça estadual contra um suspeito de roubos.

Entidades de delegados emitiram, nesta segunda-feira (2/5), comunicados em repúdio à operação, já que os policiais civis sequer foram avisados previamente dela — a busca é uma medida típica de persecução penal, que cabe exclusivamente aos civis, e não aos militares.

(...)

Para continuar a leitura, clique aqui.



segunda-feira, 2 de junho de 2025

Um marco legal para Segurança Pública

 

Visando estimular o debate sobre a necessidade de um marco legal para a segurança pública em bases democráticas, com diálogos, controles, respeito a direitos humanos e que tenha suporte em pesquisas diversas no campo acadêmico, a Comissão divulga recente e instigante texto de dois especialistas em estudos sobre o tema, recém publicado no espaço "Fonte Segura", do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Em defesa de um marco constitucional para a Segurança Pública

A segurança pública precisa deixar de ser território da demagogia e do autoritarismo para se tornar campo de políticas públicas baseadas em evidências, respeito à legalidade, valorização dos profissionais da segurança e foco na redução da violência.



Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo [Sociólogo, professor da PUCRS e bolsista PQ CNPq]
Jacqueline Sinhoretto [Socióloga, professora da UFSCAR e bolsista PQ CNPq]

A PEC da Segurança Pública propõe a atualização do marco constitucional à luz das transformações sociais, políticas e institucionais das últimas décadas, incorporando o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), instituído pela Lei nº 13.675/2018, como referência estrutural para a governança cooperativa entre os entes federados. Trata-se de uma resposta responsável e factível ao desafio persistente da violência e da criminalidade em nosso país, que exige planejamento estratégico, integração entre instituições, profissionalização das forças de segurança e gestão baseada em evidências.

A proposta traz avanços importantes e estruturantes. Entre eles, destacam-se: a constitucionalização do Fundo Nacional de Segurança Pública e do Fundo Penitenciário Nacional, com a expressa vedação ao seu contingenciamento, o que garante maior estabilidade e previsibilidade orçamentária para a área; o fortalecimento da governança federativa com a previsão de políticas nacionais construídas com participação de conselhos que incluam representantes da União, dos estados, dos municípios e da sociedade civil; a definição mais clara das competências da União, dos estados e dos municípios, com papel mais ativo destes últimos na segurança urbana; a inclusão explícita das guardas municipais como órgãos integrantes do sistema, autorizando sua atuação em ações de policiamento ostensivo e comunitário, e submetendo-as ao controle externo do Ministério Público; a transformação da Polícia Rodoviária Federal em Polícia Viária Federal, com atribuições ampliadas para o patrulhamento de rodovias, ferrovias e hidrovias federais, inclusive com previsão de atuação emergencial e cooperativa com os estados; o detalhamento das atribuições da Polícia Federal, com ênfase na repressão de crimes de repercussão interestadual ou internacional, notadamente o enfrentamento ao crime organizado, às milícias e aos crimes ambientais; a previsão de unificação dos sistemas de informação e dados da segurança pública; e a institucionalização de ouvidorias e corregedorias com autonomia funcional, o que contribui para maior transparência, controle social e responsabilização no setor.




sábado, 17 de maio de 2025

Mortes de PMs em serviço disparam sob Tarcísio

 

Pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revela o aumento de 133% de mortes de policiais militares em serviço em 2024 em relação a 2022. Pesquisadores trabalham com a hipótese de que o aumento de confrontos e da letalidade policial, assim como o enfraquecimento da política de câmeras corporais impactaram os dados.

O discurso populista de apologia à exacerbação da violência das forças de segurança pública como suposto recurso eficaz para fins de segurança é mais uma vez refutado em estudos científicos com base em dados empíricos. Confirma-se que a polícia que mais mata não é uma polícia mais eficiente para a sociedade em uma democracia e nem para o interesse público. A polícia que mata mais é uma polícia que viola mais direitos dos cidadãos, destrói vidas, famílias, é uma polícia que adoece mais e também que morre mais. O aumento da violência estatal não guarda nenhuma correlação com o uso da inteligência, com o combate estratégico do crime organizado e da criminalidade mais violenta. 

Acesse a reportagem do Estadão Conteúdo, veiculada pela UOL, clicando na imagem abaixo e leia o conteúdo na íntegra.



quarta-feira, 30 de abril de 2025

Audiência Pública Plano Estadual e ADPF 347


A Comissão divulga Edital de convocação de audiência pública sobre o Plano Estadual de Políticas Penais e sua compatibilidade com a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental n. 347. Até o dia 05 é possível realizar inscrição para pleitear o direito a voz. 

A participação da sociedade civil é muito bem vinda!

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EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE AUDIÊNCIA PÚBLICA: PLANO ESTADUAL DE POLÍTICAS PENAIS E A ADPF 347


Data: 09 de maio de 2025 (sexta-feira)
Horário: das 9h às 14h30min
Local: Sede da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção de São Paulo (OAB/SP), situada na Rua Maria Paula, nº 35 – Bela Vista – São Paulo/SP.


Objetivo da audiência

A audiência pública tem por objetivo colher manifestações a respeito das diretrizes, prioridades, metas e mecanismos de implementação do Plano Estadual de Políticas Penais, buscando a compatibilização entre as ações propostas pelo Estado de São Paulo e os parâmetros estabelecidos pela decisão do STF na ADPF 347, especialmente no tocante à superlotação carcerária, condições das unidades prisionais, acesso à justiça, saúde, educação e trabalho no cárcere.


Participação, inscrição e regras para manifestação
A audiência será aberta ao público, com direito à manifestação oral mediante inscrição prévia, que deverá ser realizada até o dia 05 de maio de 2025, às 18h, por meio de formulário eletrônico disponível através do link https://forms.gle/zv114LvVTqVevfEBA. O tempo limite de fala de cada expositor será de até 03 minutos e eventual seleção de participantes em caso de grande número de inscritos será feita pelos membros do Comitê, conforme a representatividade e diversidade das manifestações.

quarta-feira, 16 de abril de 2025

A nova Bancada de Direitos Humanos


Na noite de ontem foi lançada, no Auditório Prestes Maia da Câmara Municipal de São Paulo, a Bancada dos Direitos Humanos.  A ideia foi concebida em reunião na sede da Comissão de Justiça e Paz em 24.02.2025, para fazer contraponto às bancadas conservadoras na Câmara Municipal. 


Veja abaixo os registros do evento:

- Vídeo - parte 01.

- Vídeo - parte 02.


Segue o Manifesto justificando a iniciativa com as devidas referências aos vereadores envolvidos e às entidades apoiadoras:




MANIFESTO PELA CRIAÇÃO DA BANCADA DE DIREITOS HUMANOS

É com imensa alegria que anunciamos a sugestão da criação da Bancada de Direitos Humanos, na Câmara de Vereadores de São Paulo! Este é um momento histórico e cheio de esperança para todos os que acreditam na promoção e defesa dos Direitos Humanos em nossa cidade.

No dia 24 de fevereiro de 2025, 10 vereadores, 47 entidades ligadas aos Direitos Humanos e mais de 70 pessoas presentes, se reuniram na sede da Comissão de Justiça e Paz, para lançar o projeto de lançamento da Bancada Direitos Humanos, na Câmara de Vereadores de São Paulo.

Acreditamos, que escutar e entender as necessidades e preocupações de todos os paulistanos, é fundamental para a construção de políticas públicas mais justas e inclusivas.

Em tempos de crescente ameaça fascista no Brasil e no mundo, é essencial reafirmarmos nosso compromisso com a democracia, a justiça e os direitos humanos.

A Bancada de Direitos Humanos surge como um contraponto necessário às bancadas ultra conservadoras e retrógradas na Câmara de Vereadores de São Paulo. Os vereadores presentes no nosso ato, entenderam que são ponta de lança, para as mudanças que vamos ter que lutar daqui pra frente.

A nova bancada terá a importante missão de delinear os parâmetros para a atuação da Guarda Civil Metropolitana, assegurando que suas ações estejam sempre em harmonia com os princípios dos direitos humanos, garantindo um tratamento igualitário e de respeito à dignidade a todos, independentemente de sua condição econômica, social, étnica, racial, etária, opção sexual e nacionalidade.

Na ocasião, foram levantados pelos representantes das instituições presentes, os Direitos Humanos que não foram implantados ou não são respeitados no município paulistano:

DIREITO HUMANO à vida digna não é assegurado a quase 90.000 pessoas de todas idades, que vivem nas ruas em extrema miséria neste rico município

DIREITO HUMANO aos serviços de saúde não são assegurados aos munícipes, que são submetidos a esperas absurdas, para serem atendidos nas consultas e intervenções cirúrgicas. A falta de remédios nas farmácias populares, é constante

DIREITO HUMANO à educação não é garantida pela ausência de política educacional que assegure a manutenção e multiplicação dos Centros Educacionais Unificados (CEU's), e assegure uma educação de qualidade

DIREITO HUMANO ao transporte público de qualidade inexiste

DIREITO HUMANO a um ambiente ecológico saudável, com políticas de proteção ao meio ambiente não é garantido em nossa cidade

DIREITO HUMANO à moradia digna não é garantido a maioria dos moradores

DIREITO HUMANO à Segurança nos Parques, Praças e pontos de ônibus inexiste

DIREITO HUMANO às pessoas com deficiência e idosos, de ter seu acesso facilitado a todos os prédios e equipamentos públicos municipais, inclusive os das concessionárias.

DIREITO HUMANO ao idoso do amparo dos poderes públicos

Para caminhar no sentido de conquistarmos esses DIREITOS HUMANOS foi sugerido e aprovado na reunião o lançamento, na Câmara de Vereadores, da Bancada de Direitos Humanos, uma Conferência ou Seminário de Direitos Humanos, visando a Formação de um Fórum de Direitos Humanos para que a sociedade civil organizada, participe desta tarefa gigantesca.

A participação e o apoio de todos para fortalecer essa iniciativa e promover um futuro mais igualitário e respeitoso para todos os habitantes de São Paulo. Venha fazer parte dessa transformação!

 


VEREADORES:
Eliseu Gabriel Keit Lima; Silvia Ferraro/Bancada Feminista; Luana Alves;  João Ananias; Nabil Bonduki; Renata Falzoni; Amanda Paschoal; Luna Zaratini; Toninho Vespoli; Hélio Rodrigues.

INSTITUIÇÕES APOIADORAS:
  • CJPSP - Comissão Justiça e Paz São Paulo
  • Campanha Contra a Criminalização dos Movimentos Sociais (Sempre às Segundas)
  • Presidente - CONDEPE
  • Ouvidoria de Polícia do Estado de São Paulo
  • Centro Santo Dias
  • GTNM/SP - Grupo Tortura Nunca Mais
  • Frente Inter Religiosa DOM Paulo Evaristo Arns - Pastor Eliel Batista e Lionel Maia
  • OVP/DH PUC SP – Observatório da Violência Policial e Direitos Humanos
  • G68 -Movimento geração 68 sempre na luta
  • JJPD - Judeus e Judias pela Democracia
  • Frente Interreligiosa Dom Paulo Evaristo Arns:
  • Afonso Moreira Júnior - Kardecista
  • Pastoral Operária
  • Pastor Eliel
  • Candomblé́ - Mãe Adriana
  • Direitos Já́
  • O Candeeiro
  • BTA - Bloco Tricolor Antifa
  • APROFFESP - Associação de Professores/as de Filosofia e Filósofos/as do Estado de SP
  • Conselho da Comunidade da Comarca de São Paulo
  • Coletivo Democracia Corinthiana - CDC
  • COADE - Coletivo Advogados para a Democracia
  • CONEN - Coordenação Nacional de Entidades Negras
  • SPLUTAS -Proteção a/o defensores/as de Direitos Humanos.
  • ACAT - BRASIL - Ação dos Cristãos para Abolição da Tortura.
  • UP - Unidade Popular
  • Nome dos Números
  • Sindicato dos Jornalistas de São Paulo
  • Rede democracia e direitos humanos - RedeD
  • EngD - Engenharia pela democracia
  • Armazém da Memoria
  • Coletivo Envelhecer
  • Direitos Humanos Alto Tietê
  • MSTC – Movimento Sem-teto do Centro
  • CNTU - Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados
  • GARMIC - Organização de Idosos Para a Luta por Moradia.
  • IDDHVI – Instituto de Defesa de Direitos Humanos das Vítimas da Violência Institucional – Clara Souza
  • Instituto Vladimir Herzog
  • Pastoral da Saúde
  • Comunidade Zen Budista – Monge Ryosan
  • Igreja Metodista
  • Rádio Madalena
  • Direitos Já
  • FACESP
  • PFP - Pastoral Fé e Politica – Lapa
  • CEBRAP - Centro Brasileiro de Pesquisa - André Leirner e o Felix Sanches
  • Comissão Dom Evaristo Arns

 

terça-feira, 1 de abril de 2025

Painel de Geolocalização dos Serviços Penais


A Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), por meio da Diretoria de Cidadania e Alternativas Penais, desenvolveu a ferramenta chamada Painel de Geolocalização dos Serviços Penais. Ela reune informações sobre as centrais integradas de alternativas penais, centrais de monitoração eletrônica, serviços especializados de atenção à pessoa egressa do sistema penitenciário, patronatos, além de outros mecanismos voltados ao atendimento das pessoas egressas.
  
Clique na imagem e acesse a notícia de 17.03.2025 sobre o lançamento da ferramenta direto na página da SENAPPEN.



segunda-feira, 3 de março de 2025

Novos rumos para a execução penal?



As pesquisadoras Marlene Inês Spaniol e Ana Carolina da Luz Proença analisam a reinserção social e o problema do estado de coisas inconstitucional da pena privativa de liberdade no Brasil. Destacam inovações no programa Pena Justa, lançado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).



[...] O programa lançado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estabelece cerca de 300 metas para garantir a integridade e reinserção social de apenados e apenadas. Progressista e necessário, principalmente ao campo da execução penal, seu maior objetivo é a promoção, efetiva execução e aplicação de penas proporcionais, garantindo que a privação de liberdade seja aplicada apenas quando inevitável, ressalvando os princípios da dignidade humana.

Mas não é só isso: outro intuito da iniciativa é fomentar mudanças legislativas, capacitando operadores do direito e promovendo o uso de alternativas penais que possam reduzir os desastrosos números de encarceramento em massa e garantir a efetividade dos direitos fundamentais, ainda que essa promessa pareça utopia diante de tantos outros discursos que não se efetivaram de maneira satisfatória e que resultaram em anos de perpetuação de inconstitucionalidades e discriminações.



Clique na imagem abaixo para acessar o artigo na íntegra na edição n. 266 do “Fonte Segura”, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.




sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Da PM-SP para o crime organizado




Análise do Instituto Sou da Paz revela desvios de munições pertencentes a lotes comprados pela Polícia Militar de São Paulo. As munições foram utilizadas em crimes de grande repercussão pela violência: em recente ataque a bancos em Botucatu e na morte do delator do PCC Vinícius Gritzbach no Aeroporto Internacional de Guarulhos. A constatação é preocupantes e demanda urgente apuração por parte dos órgãos de controle.

Clique na imagem para ver a reportagem da Rede Globo News.

Print da reportagem da Globo News



terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Por um novo espaço de memória



O Núcleo Memória , entidade parceira da OAB/SP, foi admitido como Litisconsorte Ativo em ação judicial que visa impor à Fazenda Pública Estadual a obrigação de transferir da Secretaria Estadual de Segurança Pública à Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo a posse (cessão) do imóvel que foi sede do DOI-Codi durante os anos da ditadura militar (1964/1985), no bairro do Paraíso, em São Paulo. A proposta é converter o espaço definitivamente como um memorial público destinado a homenagear as vítimas do Terrorismo de Estado promovido pela Ditadura instaurada em 1964.

Clique na imagem para acessar a página do Núcleo e saber mais sobre o caso.

Imagem do espaço postada na página do Núcleo Memória.



sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Ser Livre é Arte


Seguem registros de grande evento "Ser Livre é Arte"contando com ilustres convidados, realizado durante todo o dia 28 de novembro de 2024, na sede da OAB-SP. Trata-se da terceira e última iniciativa promovida pelo Núcleo de Oficinas Culturais e Educação no Cárcere no âmbito da celebração de dez anos de atividades culturais e educativas em unidades penitenciárias.
















- Veja mais imagens do evento na aba Agenda da Gestão 2022-24 - 


quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Cine-Debate Liberta!


Seguem registros de evento realizado em outubro na sede da OAB--SP de transmissão do longa-metragem documentário Liberta!, dirigido por Débora Gobitta, seguido por rico debate. Trata-se de iniciativa promovida pelo Núcleo de Oficinas Culturais e Educação no Cárcere da Comissão.














- Veja mais imagens do evento na aba Agenda da Gestão 2022-24 -

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Exposição Ser Livre é Arte

 

Recuperando o tempo perdido do período de campanha eleitoral da OAB/SP em que as atividades do blog foram suspensas, seguem registros da Exposição "Ser Livre é Arte - Produção das Oficinas Culturais realizadas em Unidades Prisionais", do Núcleo de Oficinas Culturais e Educação no Cárcere, ocorrida entre 21 e 25 de outubro de 2024 no saguão da Sede da OAB-SP, na R. Maria Paula, 35. Reuniu trabalhos de numerosas oficinas culturais realizadas em estabelecimentos carcerários de São Paulo ao longo de dez anos no âmbito da Comissão de Política Criminal e Penitenciária da OAB-SP, como mandalas, poesias, fanzines, desenhos e produções artísticas de colagem. Foram também expostas fotografias das atividades, das pessoas envolvidas e outros documentos. 












- Veja mais imagens do evento na aba Agenda da Gestão 2022-24 - 

terça-feira, 1 de outubro de 2024

ONU recebe denúncia de letalidade da polícia paulista

 

A organização da sociedade civil Conectas Direitos Humanos denunciou, no último dia 20 de setembro, a letalidade policial em São Paulo, na 57ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, na Suíça. Destacou que o programa ‘Olho Vivo’, no ano 2020, tinha reduzido a letalidade policial e a morte de policiais no estado. Mas a descontinuação do programa e substituição por outra política e tecnologia comprometem a transparência, a privacidade e aumentam o viés racial da ação das autoridades.

A Conectas Direitos Humanos é uma organização da sociedade civil fundada e sediada no Brasil e  existe desde 2001. Atua institucionalmente preocupada com "a pauta internacional de direitos humanos com uma perspectiva do Sul Global".

Clique na imagem para saber mais e acessar o vídeo que veiculou a denúncia.



quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Sobre a pena de multa criminal


Em evento organizado em parceria com a Comissão, o Instituto de Defesa do Direito de Defesa lançou o relatório da pesquisa "Pena de multa, sentenças de exclusão". O trabalho foi concebido a partir da realização de mutirão de atendimento jurídico de pessoas com multas criminais que foram defendidos por profissionais da advocacia associados ao IDDD. O resultado da análise de 241 casos mostra a resistência do poder Judiciário tem reconhecer a vulnerabilidade das pessoas. 

Segundo Guilherme Carnelós, presidente do IDDD:

O relatório evidencia a dificuldade de o Judiciário reconhecer a vulnerabilidade social da pessoa presa a partir dos critérios do acesso à renda e à educação. Para usarmos os dados do mutirão, 72% não haviam finalizado o Ensino Médio e 34, 7% possuíam ensino fundamental incompleto. Outro dado mostra que entre as pessoas com alguma renda, 77,1% recebiam menos de um salário mínimo mensal (R$1.212,00 de acordo com o valor vigente em agosto de 2022). A pena de multa e as decisões judiciais lançam as pessoas sobreviventes no cárcere em uma pena perpétua, quase sem chance de retomar seus direitos básicos de cidadania. (declaração para reportagem do site do Iddd)

Clique na imagem e acesse o relatório na íntegra.




segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Controles sobre a polícia


Reportagem do Consultor Jurídico, de 24 de maio de 2024, assinada por José Higídio e Alex Tajra, aponta para uma incômoda realidade de supostos abusos por parte de forças de segurança pública sem a inadequada ação no sentido de controles republicanos por parte do Ministério Público.

Segue o trecho inicial da publicação.

 

Em 5 anos, PM paulista causou 3,8 mil mortes, mas Ministério Público só ofereceu 269 denúncias

 José Higídio e Alex Tarja

Embora a intervenção da Polícia Militar de São Paulo tenha causado 3.838 mortes no estado entre 2018 e 2023, o Ministério Público paulista apresentou à Justiça apenas 269 denúncias referentes a homicídios praticados por policiais militares nesse mesmo período.

O número de denúncias corresponde a 7% do total de mortes decorrentes da intervenção de PMs — os dados são do Centro de Apoio Criminal do MP-SP e foram obtidos pela revista eletrônica Consultor Jurídicopor meio da Lei de Acesso à Informação. Já o número de mortes decorrentes de intervenção policial (MDIP) é disponibilizado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) do governo de São Paulo.

Especialistas no assunto consultados pela ConJur apontam alguns fatores que explicam essa discrepância, entre eles o pensamento majoritário do MP, que privilegia os “excludentes de ilicitude” (situações nas quais a ação letal dos policiais teoricamente está justificada); a falta de um efetivo controle da atividade policial por parte do órgão ministerial; e a dificuldade para a produção de provas relativas a homicídios cometidos por PMs.

Para continuar a leitura e acessar a reportagem na íntegra, clique aqui.


quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Campanha Estadual Permanente Contra a Tortura

Dia 19 de agosto, 11h, será lançada a Campanha Estadual Permanente Contra a Tortura em ato público na Praça da Sé. A iniciativa reunirá várias entidades, entre elas a OAB-SP, pela Comissão de Direitos Humanos. 

Compareça! Prestigie!

Segue o texto oficial de justificativa da iniciativa, na íntegra.

"JUSTIFICATIVA 

No Brasil o crime de tortura foi tipificado pela Lei Federal nº 9.455, de 7 de abril de 1997 após grande luta da sociedade civil e dos Movimentos Sociais, com a expectativa de que houvesse  compreensão e ação do Sistema de Justiça e do sistema politico para que a tortura fosse de fato tratado como um crime de lesa humanidade a ser erradicado no País.

A tortura visa acabar com a personalidade da vítima e nega a dignidade intrínsica do ser humano. É crime de lesa-humanidade, imprescritível e insuscetível de graça, e fiança.

Após a edição desta lei, não houve adesão à aplicação da lei aos tratados, convenções e protocolos Internacionais da OEA e da ONU, e ao contrário, a tortura permeneceu como parte integrante das atividades policiais, zeladoria urbana, cuidados terapeuticos e custodia de presos/as nas unidades do sistema penintenciário e reeducandos do sistema socioeducativo.

Nos anos 2000 foi construida a Campanha Nacional SOS TORTURA que trouxe dados suficientes para mobilizar as autoridades judiciais e politicas e agir para enfrentar esta endemia que se enraiza na cultura de violência.

Mesmo assim, como um dos exemplos, no dia 14 de julho de 2013, o ajudante de pedreiro Amarildo de Souza foi detido e levado para a base da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), da Polícia Militar do Rio de Janeiro, na comunidade da Rocinha. De acordo com a Justiça, ele foi torturado e morto por agentes na sede da Unidade, mas o corpo não foi encontrado até hoje.

Em razão disto a Lei Federal nº 14.797 de 5 de Janeiro de 2024, que institui o” Dia Nacional de Combate à Tortura”, a ser celebrado, anualmente, no dia 14 de julho, em todo o país, para reforçar o compromisso assumido pelo Brasil de tomar medidas eficazes de caráter legislativo, administrativo, judicial ou de outra natureza para prevenção e combate à tortura.

As lutas dos movimentos de Direitos Humanos colaborou na aprovação da lei Federal 12.847/2013, que instituiu o Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura criando o Mecanismo Nacional e Comitê Nacional de Prevenção e Combate a Tortura propondo criaçao de mecanismos e comitês estaduais. Os Comitês são para fortalecer a prevenção e a articulação de combate a tortura realizando o monitoramento, a supervisão e o controle social de estabelecimentos e unidades onde se encontrem pessoas privadas de liberdade, ou promover a defesa dos direitos e interesses dessas pessoas. O Mecanismo através de peritos fazem diagnosticos para produção de relatórios tecnicos sobre a existencia de tortura e recomendações tecnicas para sua erradicação. 

Em São Paulo inciou-se a luta pela criação do Sistema Estadual de Prevenção e Enfrentamento a Tortura, momento em que, o então Deputado Estadual Adriano Diogo propôs o Projeto de Lei nº 1257/2014 instituindo o Comitê e o Mecanismo Estadual de Prevenção e Enfrentamento à Tortura.  Em dezembro de 2018 houve a aprovação da Emenda Aglutinativa Substitutiva n.01 por acordo entre todos os partidos. O projeto foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, mas no ano de 2019 foi vetado pelo governador João Dória, sem justificativa jurídica ou política.

A proposta é semelhante ao Sistema Estadual de Prevenção e Comabate a Tirtura do Estado do Rio de Janeiro que vem funcionando no âmbito da Assembleia Legislativa do Rio de Janiero, e visa compor o Sistema Nacional, pois a trotura ocorre nos territórios e nos estados.

Por estas razões no dia 14 de julho de 2024 no Memorial de Resistência diversas entidades de direitos humanos e vitimas e mães de vitimas atuais se reuniram para um ato no 'Dia Nacional de Combate a Tortura'

Atualmente são infimas as ações contra a Tortura em São Paulo, que possui patamares de endemia social sobretudo com parcimônia das autoridades com relação as alegações de tortura, que ocorrem nas vias públicas, nas instituições de privação de liberdade, nas chamadas comunidades terapeuticas, hospitais psiquiátricos, interiores de delegacias e batalhões das policias etc.

A luta dos movimentos de direitos humanos é pela erradicação da tortura, mas vemos o Estado de São Paulo inerte com relação ao tema e estático diante de iniciativas como a criação do Sistema Estadual de Prevenção e Combate a Tortura, sob alegações infundadas e sem estiudos de dados estatisticos. 

É sabido que a população que mais sofre este crime de lesa humanidade são os jovens negros das periferias, a população em situação de rua, os internos em comunidades terapeuticas para tratamento contra o uso de drogas, pacientes de hospitais psiquiátricos e reeducandos do sistema e socioeducativo. 

Somente a mobilização das instituições de defesa dos direitos humanos pode organizar a construção de um banco de dados sobre casos de tortura, que para além de produzir estatisticas, possa demosntrar que o Estado precisa produzir politicas públicas para inibição e erradicação da tortura.

Portanto, a construção de uma campanha suprainstitucional permite que haja esta mobilização trazendo luz sobre o tema e produzindo ações para cobrar das autoridades judiciais, legislativas e administrativas iniciativas de modo a prevenir e combater a tortura, um dos crimes mais barbaros na humanidade, com a criação do Sistema Estadual de Prevenção e Enfrentamento a Tortura.

Convidamos a todos e todas para abraçar a Campanha Estadual Permanente Contra a Tortura e divulga-la de forma permanente em todos espaços públicos e privados".

domingo, 4 de agosto de 2024

Adoecimento de familiares das vítimas


Em lançamento realizado em eventos nas cidades de São Paulo, Santos, Rio de Janeiro, Fortaleza e Salvador, em meados de julho de 2024, a pesquisa "Vozes da dor, da luta e da resistência das mulheres/mães de vítimas da violência de estado no Brasil" foi divulgada. Trata-se de produto de colaboração entre pesquisadores da Universidade de Harvard, da Universidade Federal de São Paulo (do Centro de Antropologia e Arqueologia Forense - CAAF) e do Movimento Mães de Maio.

Depois de uma contextualização dos problemas mais de ordem macro e da apresentação dos cuidados metodológicos adotados ao longo do trabalho, analisa-se empiricamente casos de adoecimento de mulheres e familiares de vítimas da doença causados pela violência do estado. Merecem destaques os capítulos do trabalho que oferecem a perspectiva das famílias das vítimas de violência sobre diversas formas de violência de Estado, a reflexão sobre um espectro de sequelas que elas carregam, e a parte que salienta a importância das dimensões do acolhimento encontrado nos movimentos sociais e coletivos e da ação coletiva empreendida nesse processo visando a justiça e a memória.

Clique aqui, para acessar o relatório na íntegra.




terça-feira, 23 de julho de 2024

Marielle ajudava familiares de policiais


À frente da Comissão de Direitos Humanos, a Vereadora Marielle Franco (PSOL), morta em março de 2018, ofereceu ajuda a dezenas de famílias de policiais civis e militares do Rio de Janeiro vítimas da violência.

As investigações sobre a morte da Vereadora e do motorista Anderson Gomes avançaram recentemente e chegaram aos nomes de milicianos, integrantes de agências da segurança pública, aos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão e ao Ex-Chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa. Portanto entre seus algozes figuram pessoas integrantes de corporações cujos familiares ela chegou a ajudar em diversas oportunidades.  

Clique na imagem para acessar a reportagem da Record News tratando do trabalho que Marielle desempenhava de ajuda a familiares de policiais e vítimas da violência.



sábado, 13 de julho de 2024

Vítimas preferenciais da violência


O Atlas da Violência 2024, documento que reune estudos do Instituto de Pesquisa econômica Aplicada e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, com dados obtidos junto ao Sistema de Informações sobre Mortalidades (SIM) foi recentemente publicado. A edição atual traz dados sobre a violência referentes ao ano de 2022 e faz balanços comparativos em relação ao histórico recente.

Seguindo o padrão histórico, as maiores vítimas de homicídio no Brasil são pessoas negras, num total de 76%.  As mortes de pessoas não negras equivalem a 19,4% do total de mortes com registro racial. A Bahia foi o estado onde mais negros morreram. 

Em relação a indígenas, um total de 205 foram mortos por homicídio em 2022. Roraima foi o estado da federação com mais mortes de indígenas.

Clique na imagem para cessar a reportagem da UOL na íntegra.

Fonte: Reportagem da UOL. 




quarta-feira, 3 de julho de 2024

Votação de eleitores privados de liberdade

 

Em parceria com o Tribunal Regional Eleitoral e Secretarias do Governo Estadual, a OAB/SP, através da nossa Comissão, está trabalhando na formação de seções eleitorais especiais para viabilizar o direito de voto a presos/as provisórios/as e adolescentes em conflito com a lei privados de liberdade. A comissão tem colaborado especialmente no recrutamento de voluntários para participarem voluntariamente como mesários nas eleições e pretende promover formações sobre democracia e direito a voto nas eleições municipais no interior de estabelecimentos onde essas seções forem instaladas. 

No início de abril foi realizado encontro com membros das secretarias estaduais de Administração Penitenciária e Justiça e Cidadania e da Fundação Casa — Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente, membros da Procuradoria Regional Eleitoral, Defensoria Pública, Corregedoria-Geral de Justiça, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Ministério Público para discutir o processo de garantia do direito de voto para essas populações.

Clique na imagem para acessar a reportagem da página do TRE/SP na íntegra sobre esse encontro.