Na noite de ontem foi lançada, no Auditório Prestes Maia da Câmara Municipal de São Paulo, a Bancada dos Direitos Humanos. A ideia foi concebida em reunião na sede da Comissão de Justiça e Paz em 24.02.2025, para fazer contraponto às bancadas conservadoras na Câmara Municipal.
Veja abaixo os registros do evento:
- Vídeo - parte 01.
Segue o Manifesto justificando a iniciativa com as devidas referências aos vereadores envolvidos e às entidades apoiadoras:
MANIFESTO PELA CRIAÇÃO DA BANCADA DE DIREITOS HUMANOS
É com imensa alegria que anunciamos a sugestão da criação da Bancada de Direitos Humanos, na Câmara de Vereadores de São Paulo! Este é um momento histórico e cheio de esperança para todos os que acreditam na promoção e defesa dos Direitos Humanos em nossa cidade.
No dia 24 de fevereiro de 2025, 10 vereadores, 47 entidades ligadas aos Direitos Humanos e mais de 70 pessoas presentes, se reuniram na sede da Comissão de Justiça e Paz, para lançar o projeto de lançamento da Bancada Direitos Humanos, na Câmara de Vereadores de São Paulo.
Acreditamos, que escutar e entender as necessidades e preocupações de todos os paulistanos, é fundamental para a construção de políticas públicas mais justas e inclusivas.
Em tempos de crescente ameaça fascista no Brasil e no mundo, é essencial reafirmarmos nosso compromisso com a democracia, a justiça e os direitos humanos.
A Bancada de Direitos Humanos surge como um contraponto necessário às bancadas ultra conservadoras e retrógradas na Câmara de Vereadores de São Paulo. Os vereadores presentes no nosso ato, entenderam que são ponta de lança, para as mudanças que vamos ter que lutar daqui pra frente.
A nova bancada terá a importante missão de delinear os parâmetros para a atuação da Guarda Civil Metropolitana, assegurando que suas ações estejam sempre em harmonia com os princípios dos direitos humanos, garantindo um tratamento igualitário e de respeito à dignidade a todos, independentemente de sua condição econômica, social, étnica, racial, etária, opção sexual e nacionalidade.
Na ocasião, foram levantados pelos representantes das instituições presentes, os Direitos Humanos que não foram implantados ou não são respeitados no município paulistano:
DIREITO HUMANO à vida digna não é assegurado a quase 90.000 pessoas de todas idades, que vivem nas ruas em extrema miséria neste rico município
DIREITO HUMANO aos serviços de saúde não são assegurados aos munícipes, que são submetidos a esperas absurdas, para serem atendidos nas consultas e intervenções cirúrgicas. A falta de remédios nas farmácias populares, é constante
DIREITO HUMANO à educação não é garantida pela ausência de política educacional que assegure a manutenção e multiplicação dos Centros Educacionais Unificados (CEU's), e assegure uma educação de qualidade
DIREITO HUMANO ao transporte público de qualidade inexiste
DIREITO HUMANO a um ambiente ecológico saudável, com políticas de proteção ao meio ambiente não é garantido em nossa cidade
DIREITO HUMANO à moradia digna não é garantido a maioria dos moradores
DIREITO HUMANO à Segurança nos Parques, Praças e pontos de ônibus inexiste
DIREITO HUMANO às pessoas com deficiência e idosos, de ter seu acesso facilitado a todos os prédios e equipamentos públicos municipais, inclusive os das concessionárias.
DIREITO HUMANO ao idoso do amparo dos poderes públicos
Para caminhar no sentido de conquistarmos esses DIREITOS HUMANOS foi sugerido e aprovado na reunião o lançamento, na Câmara de Vereadores, da Bancada de Direitos Humanos, uma Conferência ou Seminário de Direitos Humanos, visando a Formação de um Fórum de Direitos Humanos para que a sociedade civil organizada, participe desta tarefa gigantesca.
A participação e o apoio de todos para fortalecer essa iniciativa e promover um futuro mais igualitário e respeitoso para todos os habitantes de São Paulo. Venha fazer parte dessa transformação!
VEREADORES:
Eliseu Gabriel Keit Lima; Silvia Ferraro/Bancada Feminista; Luana Alves; João Ananias; Nabil Bonduki; Renata Falzoni; Amanda Paschoal; Luna Zaratini; Toninho Vespoli; Hélio Rodrigues.
INSTITUIÇÕES APOIADORAS:
- CJPSP - Comissão Justiça e Paz São Paulo
- Campanha Contra a Criminalização dos Movimentos Sociais (Sempre às Segundas)
- Presidente - CONDEPE
- Ouvidoria de Polícia do Estado de São Paulo
- Centro Santo Dias
- GTNM/SP - Grupo Tortura Nunca Mais
- Frente Inter Religiosa DOM Paulo Evaristo Arns - Pastor Eliel Batista e Lionel Maia
- OVP/DH PUC SP – Observatório da Violência Policial e Direitos Humanos
- G68 -Movimento geração 68 sempre na luta
- JJPD - Judeus e Judias pela Democracia
- Frente Interreligiosa Dom Paulo Evaristo Arns:
- Afonso Moreira Júnior - Kardecista
- Pastoral Operária
- Pastor Eliel
- Candomblé́ - Mãe Adriana
- Direitos Já́
- O Candeeiro
- BTA - Bloco Tricolor Antifa
- APROFFESP - Associação de Professores/as de Filosofia e Filósofos/as do Estado de SP
- Conselho da Comunidade da Comarca de São Paulo
- Coletivo Democracia Corinthiana - CDC
- COADE - Coletivo Advogados para a Democracia
- CONEN - Coordenação Nacional de Entidades Negras
- SPLUTAS -Proteção a/o defensores/as de Direitos Humanos.
- ACAT - BRASIL - Ação dos Cristãos para Abolição da Tortura.
- UP - Unidade Popular
- Nome dos Números
- Sindicato dos Jornalistas de São Paulo
- Rede democracia e direitos humanos - RedeD
- EngD - Engenharia pela democracia
- Armazém da Memoria
- Coletivo Envelhecer
- Direitos Humanos Alto Tietê
- MSTC – Movimento Sem-teto do Centro
- CNTU - Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados
- GARMIC - Organização de Idosos Para a Luta por Moradia.
- IDDHVI – Instituto de Defesa de Direitos Humanos das Vítimas da Violência Institucional – Clara Souza
- Instituto Vladimir Herzog
- Pastoral da Saúde
- Comunidade Zen Budista – Monge Ryosan
- Igreja Metodista
- Rádio Madalena
- Direitos Já
- FACESP
- PFP - Pastoral Fé e Politica – Lapa
- CEBRAP - Centro Brasileiro de Pesquisa - André Leirner e o Felix Sanches
- Comissão Dom Evaristo Arns