domingo, 26 de março de 2023

Competência da Justiça Militar e coração civil

 

Segue importante artigo de opinião publicado no jornal O Estado de São Paulo tratando da competência da justiça militar no Brasil. Discute aspectos com implicações diretas sobre políticas de segurança pública. O texto é assinado por Renato Stanziola Vieira, presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCrim), Déborah Duprat, coordenadora do Departamento de Amicus Curiae do IBCCrim, José Carlos Dias, membro fundador e presidente da Comissão Arns, Oscar Vilhena Vieira, professor da FGV e membro fundador da Comissão Arns, Gabriel Sampaio, diretor de Litigância e Incidência do Conectas Direitos Humanos, Daniel Sarmento, advogado e professor titular de Direito Constitucional da UERJ e Guilherme Ziliani Carnelós, presidente do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD).

In: https://www.estadao.com.br/opiniao/espaco-aberto/competencia-da-justica-militar-e-coracao-civil



quinta-feira, 16 de março de 2023

Sobre a crise no Rio Grande do Norte

 

Sem deixar de manifestar o repúdio aos acontecimentos terríveis que chocaram a sociedade do estado do Rio Grande do Norte e do Brasil, e que ensejam responsabilização penal dos autores, o Comitê Estadual de Prevenção e Combate à Tortura, órgão colegiado composto por várias organizações da sociedade civil, emitiu nota pública visando contribuir com o debate sobre a conjuntura de crise política e social.

Em linhas gerais, a nota trata da situação do sistema penitenciário estadual e da crise de segurança pública de modo mais profundo, considerando sua complexidade, divergindo da superficialidade presente em declarações de autoridades do Judiciário e do Governo. Propõe 10 medidas práticas tendo em vista a busca de soluções eficazes para boa parte dos problemas que estão vindo à tona. Recomenda a maior transparência na gestão pública e fortalecimento de arranjos de controle e fiscalização, com abertura para participação de representantes da sociedade civil e a realização de iniciativas de planejamento, diagnóstico e de intervenção contínua - como na realização de multidões para revisão de processos, com atenção especial a públicos mais vulneráveis - e a importância em zelar pela mais estrita legalidade por parte dos agentes.

Recomenda-se a leitura (acesse o inteiro teor do documento, clicando na imagem que lista as entidades subscritoras).



domingo, 12 de março de 2023

Potencializar os efeitos das inspeções

 

Ação coordenada pelo Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas do CNJ visa aperfeiçoar instrumentos, técnicas e metodologias de monitoramento para  potencializar os controles nas inspeções no sistema carcerário.

“Para isso, partimos do desenvolvimento de metodologias baseadas em boas práticas, do monitoramento e de processos formativos contínuos"(Karen Luise de Souza, Juíza auxiliar da Presidência com atuação no DMF/CNJ).

O esforço conta com apoio técnico do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, por meio do Programa Fazendo Justiça, além do apoio da Associação de Prevenção à Tortura. O trabalho consiste em atualizar formulário de inspeção judicial, em produzir e publicar um manual e em esforços para identificação e tratamento de casos de tortura no sistema de Justiça.

Para saber mais sobre a iniciativa, clique aqui e acesse reportagem do Consultor Jurídico.




quarta-feira, 1 de março de 2023

Indicação para presidir a Comissão de Direitos Humanos

 

Depois de sofrer ataques nos últimos anos por parte de grupos de extrema direita avessos às construções históricas de direitos humanos, está prestes a ocorrer a indicação para a presidência da Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Social da Câmara dos Deputados. Apreensivos, representantes de 39 organizações da sociedade civil dedicadas historicamente à defesa e promoção de direitos humanos assinaram documento pedindo aos partidos políticos do campo democrático a indicação de pessoa  comprometida com os ideais de “igualdade, de liberdade e de justiça social”. 

Clique na imagem para ler a reportagem do Congresso em Foco e para acessar o documento na íntegra.




quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

Cartilha de prerrogativas da mulher advogada

 

A Comissão Nacional da Mulher Advogada, a Comissão Nacional de Defesa das Prerrogativas e Valorização da Advocacia e a Procuradoria Nacional de Defesa das Prerrogativas do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil produziram a Cartilha de Prerrogativas da Mulher Advogada. Conforme a apresentação da Cartilha:

"Exercer a advocacia sem restrições por distinção de gênero, sem assé- dio e sem preconceito é direito garantido a todas as advogadas.

Este é um guia de bolso prático para consultas dos direitos da mulher advogada e pode orientar na resolução de conflitos, combater violações e fortalecer a advocacia.

Tenha-o sempre em mãos para fazer consultas e tirar suas dúvidas. Conheça seus direitos!" 

 

Um link para a Cartilha ficará de forma permanente na aba lateral desse Blogue. Clique na imagem para acessar o documento. 





quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

Relatório Vozes e Dados da Tortura

A Pastoral Carcerária lançou em 17.01.2023 o Relatório Vozes e Dados da Tortura em Tempos de Encarceramento em Massa. O levantamento refere-se ao período de 1º de janeiro de 2021 a 31 de julho de 2022. 223 casos, totalizando 369 denúncias. 

Entre os achados está a constatação do aumento do número de denúncias de tortura: de 1º de janeiro de 2019 a 31 de julho de 2020, foram registrados 162 casos de tortura, um aumento de 37,65%.

Clique na imagem para acessar o documento e mais dados sobre o levantamento.



domingo, 29 de janeiro de 2023

Os direitos humanos e as voltas que o mundo dá

 

A Presidente da Comissão Marina Dias, em co-autoria com a Coordenadora do Núcleo de Inspeções da Comissão Claudia Aratangy, com a vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/SP Priscila Beltrame e com a Conselheira do CONDEPE Alessandra Rodrigues, publicaram interessante artigo no jornal Folha de São Paulo, em 15 de janeiro de 2023. Vale muito a leitura!

FOLHA DE S. PAULO, 15.01.2023. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2023/01/os-direitos-humanos-e-as-voltas-que-o-mundo-da.shtml. Acesso em: 26.01.2023.




segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

A pandemia no sistema penitenciário

 

Relatório de pesquisa produzido pelo Instituto de Defesa do Direito de Defesa traz dados alarmantes sobre a condução política da pandemia de Covid-19 no sistema penitenciário. A pesquisa partiu de dados solicitados aos governos dos estados, Distrito Federal e Departamento Penitenciário Nacional sobre medidas de prevenção e combate à Covid-19 - em quatro baterias de pedidos de acesso à informação - e foi complementada pela abordagem qualitativa em relação a cinco estados da federação. Clique na imagem para acessar os resultados. Confira! 

Segue um dos achados da pesquisa, em anúncio na Página do Instagram do Iddd.


sábado, 7 de janeiro de 2023

Instituto lança acervo de jornais clandestinos da Ditadura

 

O Instituto Vladimir Herzog lançou acervo digital com jornais proibidos na ditadura civil militar Brasileira (1964-1985). Somam-se 10.000 páginas de jornais de todo o país com acesso aberto e gratuito. Acesse e prestigie a iniciativa. 

Clique na imagem para acessar a reportagem da Folha de São Paulo sobre o projeto. 

O jornalista Vladimir Herzog e sua máquina de escrever. Reportagem da Folha de São Paulo.


quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Constrangimento com indicação de Secretário

 

O anúncio do novo Secretário de Políticas Penais por parte do novo Ministro da Justiça Flávio Dino causou constrangimento na sociedade civil e movimentos sociais em defesa dos direitos humanos. A trajetória do indicado, o Coronel Nivaldo César Restivo está envolvida com o Massacre do Carandiru, em São Paulo.

Pesquisadores, profissionais da área e entidades de pesquisa na temática redigiram uma importante carta manifestando seu repúdio e constrangimento, um texto que merece ser aqui reproduzido e divulgado:


Caro Ministro Flavio Dino

Considerando o ideal comum de reconstrução do país e de dias mais justos para o Brasil, aceitamos a tarefa de compor o Grupo de Trabalho de transição de execução penal, com ênfase na construção de propostas para o DEPEN e FUNPEN, passando por um processo amplo de escuta, de análise e construção participativa de um relatório propositivo para os desafios de reorganizar as políticas penais no país, tendo como objetivo maior o alcance daquilo que nosso ordenamento jurídico prevê em termos de garantia de direitos, com valorização dos servidores penais, respeito às pessoas privadas de liberdade e avanço nas políticas não-privativas de liberdade. 

Por isso, tomamos a liberdade de manifestar o constrangimento, decepção e vergonha que sentimos como integrantes desse Grupo, pela indicação do novo Secretário da idealizada – e necessária - Secretaria Nacional de Políticas Penais. 

Para um sistema prisional marcado de violações, sendo o descaso e tortura marcas recorrentes, a indicação de alguém que carrega em seu currículo a participação num dos mais trágicos eventos da história das prisões do Brasil, o Massacre do Carandiru, representa um golpe bastante duro. Além disso, a passagem do Sr. Restivo pela gestão prisional paulista caminhou no sentido diretamente contrário a tudo o que foi proposto por este GT, com declarada ojeriza à democratização da política penal e tendo a Secretaria paulista retroagido em todas as frentes que o relatório do GT defende.  Definitivamente, não corresponde ao perfil adequado aos esforços apontados no trabalho deste pelo grupo e constantes no plano de governo.

Na expectativa de melhor avaliação dessa situação, nos colocamos à disposição para tratar de maneira mais detalhada o assunto. Não consideramos que a participação ampla no trabalho de transição tenha sido apenas uma encenação. Todos temos esperança de um governo verdadeiramente democrático e isso, necessariamente, inclui a esfera da sociedade onde, desde 1988, homens e mulheres negros e pobres, presos e seus familiares, esperam ansiosamente a chegada dos Estado democrático e de Direito. Inclusive qualquer pretensão de uma política antiracista, como tem sido propalado pelo novo governo   não passará de discurso vazio se nao levar em consideração a mais clara expressão do racismo brasileiro, o sistema prisional.  


Assinam essa nota os membros oficiais e colaboradores/as voluntários/as do GT abaixo nomeados:


Camila Caldeira Nunes Dias – Relatora; Professora da UFABC, Pesquisadora do IPEA, do CNPQ e do Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da USP, coordenadora do Grupo de Pesquisa em Segurança, Violência e Justiça – SEVIJU/UFABC.

Entidades e grupos de pesquisa 

• LabGEPEN – Laboratório de Gestão de Políticas Penais do Depto de Gestão de Políticas Públicas da UnB 

• NAPP – Núcleo de Apoio à Política Pública da Fundação Perseu Abramo – Grupo de estudos sobre segurança pública, sob a coordenação do Deputado Paulo Teixeira 

• SEVIJU – Grupo de Pesquisa em Segurança, Violência e Justiça 

• Núcleo de Estudos, Pesquisas e Extensão em Educação nas Prisões - UFT 

Participantes individuais: 

• Abdael Ambruster - Coordenador Nacional de Segurança Pública do PT, Policial Penal Especialista em Segurança Pública e Direitos humanos, Especialista em Criminalística com ênfase em Perícia forense. 

André Giamberardino – Professor da Faculdade de Direito e dos Programas de PósGraduação em Direito e em Sociologia da UFPR. Defensor Público no Paraná e atual Defensor Público-Geral no Estado.

 • Alessandra Teixeira – professora da Universidade Federal do ABC. Pesquisadora do CNPq. 

• Gregório Antonio Fernandes de Andrade, Advogado Criminalista, sobrevivente do sistema prisional. 

• Ana Valeska Duarte, advogada, especialista em Direito Penal e Processo Penal, Membra da Abracrim/RO, Membra das Comissões de Privação de liberdade e Segurança e Direitos Humanos do CNDH e atualmente perita do MNPCT. (De acordo a Resolução nº 02, de 25 de novembro de 2016 no artigo 6º). 

• Bárbara Suelen Coloniese, Perita Criminal, Especialista em Criminalística e Criminologia e Protocolo de Istambul, membra das Comissões de Privação de Liberdade e Saúde Mental do CNDH, membra do Conselho Consultivo do Equador sobre as políticas de prevenção e combate à tortura na América Latina e atualmente perita do MNPCT. (De acordo a Resolução nº 02, de 25 de novembro de 2016 no artigo 6º).

 • Bruna Roberta Wessner Longen, Mestranda em Políticas Públicas; Especialista em Direito Penal e Gestão em Segurança Pública; Graduada em Direito; Membra do Conselho Estadual de Direitos Humanos - SC; Policial Penal; Superintendente de Execuções Penais do Departamento de Polícia Penal - SC, Professora de Direitos Humanos na Academia de Administração Prisional do Estado de Santa Catarina; Pesquisadora nas áreas de políticas penais, políticas públicas aplicadas às minorias do cárcere e gestões prisionais. 

• Bruno Rotta Almeida. Professor da Faculdade de Direito e do Programa de PósGraduação em Direito da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Pós-doutorado em Criminologia e Sociologia Jurídico-Penal pela Universidade de Barcelona. Mestrado e Doutorado em Ciências Criminais pela PUCRS. 

• Christiane Russomano Freire - Professora do Programa de Pós Graduação em Política Social e Direitos Humanos da Universidade Católica de Pelotas (UCPEL). Mestre e Doutora em Ciências Criminais pela PUCRS. 

• Fabrício Silva Brito - Defensor Público da Execução Penal de Palmas - TO. Mestre em Prestação Jurisdicional e Direitos Humanos (UFT/ESMAT). Membro do Núcleo de Estudos, Pesquisas e Extensão em Educação nas Prisões-UFT. 

• João Marcos Buch: juiz de direito da Vara de Execuções Penais de Joinville/SC; mestre em ciências jurídicas; especialista em criminologia e política criminal; formador da ENFAM; 

• Manuela da Silva Amorim, Especialista Federal em Assistência à Execução Penal - vinculada ao Depen/Ministério da Justiça e Segurança Pública, desde 2014. Mestre em psicologia pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul ( UFMS/2022). 

• Mayara de Souza Gomes - Doutoranda e Mestra em Ciências Humanas e Sociais pela UFABC. Pesquisadora. Membro do SEVIJU/UFABC 

• Renato Campos de Vitto - Defensor Público de São Paulo, ex- Diretor Geral do Departamento Penitenciário Nacional- DEPEN 

• Roberta Fernandes - pesquisadora do Centro de Pesquisa em Segurança Pública da Pontífice Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Socióloga, mestre e doutora em Ciências Sociais pela PUC Minas. 

• Vanessa Menegueti, bacharel em Direito pela USP, mestre em Ciências Humanas e Sociais pela UFABC. Cofundadora do Instituto de Governo Aberto, diretora no Instituto Cidade Democrática, pesquisadora do Colaboratório de Participação Social Colab-USP e do SEVIJU/UFABC. 4 

• Sidnelly Aparecida de Almeida, Psicóloga CRP MG 04/33569, Mestranda em Serviço Social - UFJF, ANEDS - Psicóloga no Departamento Penitenciário de Minas Gerais, Servidora Mobilizada na Coordenação de Atenção às Mulheres e Grupos Específicos e na Divisão de Inovação e Projetos Sociais no Departamento Penitenciário Nacional. 

• Silvia Alyne Soares de Sousa, Policial Penal do Estado do Tocantins, Pedagoga,Sindicalista, Pesquisadora.